Patioba: 10/2008

sexta-feira, outubro 31, 2008

A medicina no trabalho deve ser uma especialidade que se pode conseguir diploma num qualquer curso à distância, tipo CEAC ou um outro congénere!

Pergunta-me o suposto médico se vejo bem. Encolho os ombros e, antes de poder articular alguma palavra, quer saber se vejo bem ao perto e ao longe. Respondo que melhor ao longe do que ao perto sendo, outra vez, interrompida pela ordem para ler a última linha do catrapázio com as letras da praxe.

Bem comportada, que sou, li. «Muito bem», diz o senhor, dando um trejeito à boca que me permitiu ver-lhe todos os dentes da frente, impressionantemente, estragados. Continuou o veredicto, dizendo que só a partir dos 40, vá 50, é que as mulheres começam a ter problemas de saúde e de visão em particular. «Vê bem, claro que vê bem!»

Se ia com reservas para a consulta, naquele momento, todas elas se confirmaram e associaram-se a uma enorme vontade de rebolar no chão a rir, considerando que uso óculos desde 16/17anos com diagnóstico inicial de vista cansada, evoluindo para hipermetropia anos mais tarde! Sim, costuma aparecer por volta dos 40, mas não, não sou caso único.

Felizmente que as análises têm os valores de referência e que consigo perceber que todos os resultados cabem nos parâmetros indicados. Ou seja, daquilo que foi analisado não vou morrer em breve!

A 30 e qualquer coisa euros por cabeça, que custa aquele serviço à entidade para a qual trabalho, vezes os quase 1500 funcionários que lá vão ouvir estas e outras barbaridades, se juntarmos que a clínica se estabeleceu num local privilegiado da cidade a custo zero, por acordos informais por baixo da mesa, e, quem sabe, até por cima e mesmo nas cadeiras…, parece ser um bom negócio!

E óculos? Alguém quer comprar dois pares? Uns azuis e outros castanhos? Modernos? Querem?

sexta-feira, outubro 17, 2008

O maior umbigo do mundo....

é americano!

Estes idiotas pensam que o Mundo gostaria de votar nas eleições deles. E o pior, é que gostaria mesmo! Mas, ainda pior é que neste link é possível!

Espantoso não deixa de ser o facto de já terem votado 274,637 pessoas, 87.312 dos EUA e 20.967 de Portugal!!!!!! Outra informação de valor é que nas Legislativas de 2005 a abstenção teve este redondo número..... 3196674.

Dúvidas:
Quando houver votação electrónica em Portugal a abstenção desaparece? Ou será que precisamos de uns politicos fantásticos como aqueles dois para pôr o pessoal todo a votar???

Haja paciência!

quarta-feira, outubro 15, 2008

Em dedinhos de pés

É como se anda por aqui, quando as chefias estão em guerrilha.

Uma, descerebrada, esforça-se por parecer ocupada e proactiva demonstrando, no entanto, a cada atitude, que uma ervilha no sítio do cérebro não é o suficiente para conduzir os destinos deste serviço. Em especial quando os processos são despachados para nós com a frase mágica "A fulano de tal, para os devidos efeitos" e onde cabe quase tudo o que nós quisermos fazer, por exemplo, servirmo-nos dela como alvo de dardos!

Sempre que a ouço falar vem-me à ideia este senhor e a sua famosa expressão "You brainless woman"...

A outra, mais graduada, insiste em espalhar o terror para melhor dominar (e Maquivel continua tão actual!!). Há situações em que nos utiliza para isso e nós, já sem fuga possível, temos que participar no circo. Em vez de uma ervilha, tem duas, e vá, uma couve bróculo!

Há ainda o superior de topo, a quem os cérebros vegetais tratam nas palminhas e vendido para nós como o bicho papão. Ele não é um bicho papão, é só um verme. A última coisa extraordinária com que fui brindada desta criatrura foi um despacho que questionava a continuação de um projecto, em preparação há mais de um ano, sempre aprovado em todas as suas propostas. De repente, o verme questiona a validade técnica (??!!) e aproveita para dizer que não é fundamental no momento.

Eu podia até dizer que se trata de um projecto de sustentabilidade ambiental, de redução e valorização de resíduos e que, espantosamente, não terá quaisquer encargos para a instituição. Para o comum dos mortais só este argumento seria suficiente para avançar a todo o vapor. Mas não. Com o verme não funciona assim. Pelas palavras do cérebro de duas ervilhas e uma couve bróculo, o melhor é deixar passar algum tempo, passando sempre, contudoi a mão no pêlo do verme, até lhe demonstrar que o projecto é fundamental e que já devia ter arrancado há muito tempo..... Partindo do princípio que ela até percebe do que está a falar, isto parece uma conversa normal....

Vale-me acordar com tempo suficiente para brincar e contar histórias que começam sempre com "é uma fez"e nas quais entram animais verdadeiros. Muito me orgulha que o Noddy seja conhecido apenas porque os colegas da escolinha o levam para mostrar e que um outro personagem da mesma história seja, por artes mágicas, o Pai Natal, para grande espanto de todos os adultos, que oscilam entre o perplexo pensamento de "esta criança não conhece o Noddy??!!!!" e a certeza de que, de facto, não o conhece, quando digo que a televisão não é um brinquedo e que gostamos mesmo é de tintas e pincéis e fazer o jantar é uma brincadeira tão divertida como jogar à bola.

Lá chegarei, aos noddy's, mas, por enquanto, aproveito o desinteresse e frases maravilhosas como "não qéo cócó-xanita, qéo mais miminhos com mummy", logo pela manhã, antes do princípio do dia dele.