Começou por ser bailarina, mas o chão estava torto e a coisa não lhe correu por aí além.... Depois, não conseguindo arrumar o Édipo, achou que gostava de ser como o pai e vai de querer ser jornalista. Mas, com aquela voz dengosa é difícil convencer alguém que há guerra algures no mundo, ou que vai abater-se uma violenta tempestade sobre a Península Ibérica.
A certa altura pensou que apresentar os top’s musicais eram o seu caminho. Mas, no cruzamento cedeu passagem a uma Chuva de imitações e passou a ser a namoradinha de Portugal, deitando-se no tabuleiro de ir ao forno, já com a laranja na boca!
Depois, da SIC para a RTP, a coisa mudou muito, porque a SIC faz excelentes embrulhos e a RTP é aquilo que se sabe.
So, a moça lá teve que nos fazer ouvir aquilo que tinha dentro do neurónio. O panorama não era agradável, mas os vestidos eram curtos, justos e provocantes, por isso, apenas parte da população a ouvia gritar “Pró palco!!!”, enquanto a restante atentava na fluidez dos tecidos....
Pelo caminho o namoro com o rapazito da música, mais à frente o fim do namoro e depois o casamento, com um actor.
Agora, meus amigos, finalmente, em grande lançamento mundial, diria mesmo planetário, depois de prefácios e outras tentativas de escrita pública, a moçita da laranja na boca, perdão, das variedades, perdão, dos sete ofícios, escreveu um livro por uma boa causa: «Os Meus Olhos de Afonso», com parte da receita a reverter para a Fundação do Gil.
Homens: comprem, que a autora é
boa e podem sempre argumentar que é por uma nobre causa.
Mulheres: deixem-nos comprar o livrito. É mesmo por uma causa nobre e não há fotografias da autora em lado nenhum!
Talvez, digo eu, já fosse tempo de a moçita se dedicar ao casamento e pronto, cozia umas meias, fazia uns bolos e poupava-nos......