Eu e os meus ataques de riso!

Sempre fui de gargalhada fácil! Adoro rir! Gosto, mesmo! E tenho, também, aquele problema de que quando começo......

E, na sequência do post anterior, lembrei-me de uma história que se passou comigo, obviamente, há uns anitos (pouquinhos......) atrás!

Tinha eu 15 anos, mais coisa menos coisa, e estava naquela fase em que o telefone lá de casa era uma extensão de mim própria. Acho que todas as adolescentes passam essa fase. Se não passam... é pena... eu passei e adorei! Mas adiante que a história a seguir é que é o assunto do post!

Bom, então, certa noite, toca o telefone e, naturalmente, EU sou a primeira a chegar lá!

- Sim, boa noite?
- Boa noite, gostaria de falar com o senhor fulano de tal (papái), por favor!, diz o senhor do outro lado com toda a rapidez.

Sentia-lhe nas palavras uma certeza reconfortante. Como se a existência dele fosse assim, toda ela assertiva, convicta. Como se aquela frase tivesse sido proferida para desmistificar um qualquer engano da humanidade.

- Diz-me quem fala, por favor?, pergunto eu. Não era por mais nada, é que papái detesta telefones e eu já sabia que, quando lhe dissesse que era para ele, teria que saber quem estava do outro lado da linha.

Mas, agora, a resposta tardava. Do outro lado parecia que tinha acontecido alguma coisa... aguardei em silêncio, enquanto o senhor tentava articular o que quer que fosse dizer a seguir....

- É o Gu...., o Gu.... o Gu..... - nesta altura já eu estava, como é de prever a tentar controlar o riso. Afinal, o senhor tinha aquele handicap.... lembro-me de pensar, enquanto ele tentava articular o nome, que ele teria estado horas a ensaiar a primeira frase que me respondeu, aquela em que pedia para falar com fulano de tal. Mas, não foi previdente... seria natural que lhe perguntassem quem queria falar... acho eu....!

- É o Gu..., o Gu.... o Gu.... o Gustavo!
- Ah, é só um bocadinho que eu vou chamá-lo!

Pouso o telefone, dirijo-me à cozinha e digo:

- Pai, é para ti. É o Gu.. Gu.. Gustavo!

Eu rebento a rir.... o meu pai..... faz o mesmo!

Terminado o telefonema o meu pai diz-me: Olha... às 3ªs e 5ªs, à noite, eu passo a atender o telefone, OK?