Patioba: "Qualquer semelhança é pura realidade" Episódio 8 de N

quinta-feira, setembro 08, 2005

"Qualquer semelhança é pura realidade" Episódio 8 de N

Assistimos, nos últimos episódios, ao crescimento da relação de Augusto com a sua adorada Mercedes. Viagem da capital rumo ao norte para o casamento dos dois e, algures no meio do caminho, paragem para esticar as pernas e refrescar a garganta. Momento em que Augusto foi assolado pela existencial dúvida: valeria a pena casar-se.

Os irmãos entram em pânico, perante tamanha duvida, ainda por cima a uma hora daquelas! Refilaram que refilaram, que Augusto não devia ter bebido, o médico já o tinha avisado.

Mas, Augusto, nem ouvia o que os irmãos lhe diziam. O amor que sentia por Mercedes era diferente do amor dos familiares dele. O amor de Augusto e Mercedes não iria terminar assim, em lamentação.

Levanta-se, interrompe os discursos profundos e atira para o ar um sonoro: F***-se estou quase uma hora atrasado...... Vamos embora.

Arrancam do café como Concordes. O resto da viagem é feita ao mesmo ritmo e, num pulinho chegam à igreja.

Entretanto, Mercedes aguardava, já impaciente, pressionada pelo padre, que, de tempos a tempos, aconselhava a adiar-se a cerimónia. Ora, Mercedes não era pessoa de desistir e, do alto do seu metro e oitenta, dizia um não convicto, que se foi desvanecendo com o tic-tac do relógio.

Sacristia a dentro, entra a madrinha, anunciando, de lágrimas nos olhos, o noivo chegou, o noivo chegou!

Tudo para dentro da igreja, o burburinho deu lugar ao silêncio, para ouvir a palavra do Senhor.

Passando os restantes acontecimentos em fast forward, que a história já vai longa:

- Os irmãos de Augusto trataram, entretanto, de comprar arroz para atirar aos noivos e material apropriado à decoração do veículo nupcial, um Ford Escort branco, descapotável. Já com alguns rolos papel higiénico e umas esfregonas, mas não satisfeitos, foram à procura de umas ramagens, para dar dignidade à viatura. O local melhor que encontraram foi, nem mais nem menos que o jardim do padre! Acabaram por sair do jardim a correr, ou melhor, corridos pela incansável D. Maria, a mulher a dias do prior.
- Já na igreja, Domingos não controla a emoção e grita, dos últimos bancos Mano, que sejas feliz, enquanto acena com um lenço branco.
- No Copo.... de tudo menos água..., Augusto é atirado para a casa de banho para ser despido – ideia de um amigo de infância, já bêbedo. O operador de câmara, para apanhar melhor o momento sobe para o lavatório, que se desfaz aos seus pés....
- Serafim, aproveitando todo este alarido, dirige-se aos envelopes/prenda dos noivos e decide aliviar o filho e a nora de carregarem tal peso, desviando para o seu bolso os mais recheados. Almerinda apercebe-se e “monta a banca”, descompondo Serafim com o seu habitual vocabulário.

Ao final do dia, os noivos lá vão, no seu cabriolet, em direcção ao pôr do sol.....

6 Comments:

At 12:23 PM, Blogger Humor Negro said...

O ponto alto de qualquer casório é a «saída na charrete»: lá vão os noivos puxados por bestas de cargas que paulatinamente vão largando poias no trajecto para o copo de água, como que a marcar o percurso para um futuro que se avizinha, no mínimo, duvidoso.

 
At 1:37 PM, Blogger ivamarle said...

Lá está o fungo a desestabilizar;lol;lol; bom fim de semana Patioba!!

 
At 2:46 PM, Blogger Patioba said...

Mas eu sou como Deus, Cogumelo.... omnipresente.... :D:D:D:D

Sempre, Santos.... como o Lucky Lucke ;)

É, Ivamarle, o Cogumelo é uma força da natureza :D:D:D:D:D

 
At 2:48 PM, Blogger Anna^ said...

LOLOLOL

Está cada dia melhor esta novela.

Bjokas e um bom fds ":o)

 
At 3:26 PM, Blogger 1entre1000's said...

LOOOOOOOOOOOOOOOOOL
uma familia Portuguesa concerteza...
Demais!!!

 
At 3:32 PM, Blogger armando s. sousa said...

Foram em direcção da Póvoa de Varzim?
Certamente!
Bom fim de semana.

 

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